terça-feira, agosto 31, 2004
Verde, branco. Muito frutado, citrino. Fresco e muito apetecível.
Verde da Quinta de Esporões.
Tinto do ano, colhido pelo caseiro. Espuma abundante a anunciar o gás e a pastosidade. Deixa bastante resíduos no copo, não ficando dúvidas quanto à ressaca que se verificará.
Porto da Pipa Particular dos Confrades
Com origem na Quinta do Portal, este vinho de 2000 foi engarrafado por ocasião dos 15ºs Encontros Enológicos do Norte de Portugal, em Janeiro de 2004. É suave e delicado. Equilibrado e com carácter.
domingo, agosto 29, 2004
sábado, agosto 28, 2004
Comparativo Vinhos de Gaja
Brancos, da zona de Palmela, Terras do Sado ou Ribatejo, simples e de interpretação fácil. Pouco exigentes e de travo consensual.
Companhia das Lezírias Fernão Pires 2003
Herbáceo e intenso, consistente e másculo (tem 13 grauzitos). É um monocasta, bem feito e equilibrado. Adequado, se a companhia está mais interessada em alargar o seu conhecimento sobre o vinho do que sobre quem lho oferece. Portanto, sendo vinho de gaja, é para amigas.
Serras de Azeitão 2003
Ligeiro, ligeirinho, mas está lá. Muito fresco. Flores e fruta tropical, dizia o rótulo, consequência natural do Fernão Pires e do Moscatel. Não é leviano. Será portanto adequado se a companhia já ouviu falar do tema, está familiarizada com a linguagem e já tem bebido uns copitos, mas apesar disso ainda só tem como único critério o vinho ser bom ou mau. Neste contexto parece ser de toda a conveniência, previamente, decorar as castas e antecipar a opinião sobre o travo.
BSE 2003
A mistura das castas (fernão pires, antão vaz e arinto) dá-lhe garra. O vinho tem muita fruta e corpo equilibrado. Não prescinde de uma temperatura muito baixa, uma vez que quando aquece fica acre. O rótulo diz “apreciar moderadamente em boa companhia”. É, evidentemente, uma dica a aproveitar. E ficam dissipadas as dúvidas sobre as razões que levaram a incluir este vinho neste painel. Além do mais, em caso de tampa, salva-se o vinho.
João Pires 2003
And the winner is… O vinho de gaja por excelência!
Todo ele de moscatel de Setúbal. Sabe a uvas, em forma líquida. Até chateia, de tão doce. Parece um Asti (se se ler Ice Tea, dá igual…). Use-se, se a companhia não bebe habitualmente e estava a pensar pedir uma Coca-Cola Light.
sexta-feira, agosto 27, 2004
Embora discreto, este Porto não é um vinho menor. Muita fruta e aquele ligeiro picante que deixa rasto na garganta. Decante-se, ou deixe-se arejar e verificar-se-à que ganhará corpo e espírito.
Fonte da Serrana 2002
Tinto do Alentejo, musculado e com carácter mas, embora honrado, de modesta dimensão.
quinta-feira, agosto 26, 2004
domingo, agosto 22, 2004
sábado, agosto 21, 2004
CARM Praemium 2000
Tinto de nariz cheio e penetrante. Sabor picante e amargo. Vinho de nível superior.
Chryseia 2001
Travo de baunilha, ligeiramente ácido, que lhe dá agressividade e carácter. Mastigável e denso. Tinto de excepção.
Real Companhia Velha Vintage 1997.
Porto harmonioso e muito equilibrado. Grande impacto inicial. A boca fica cheia, mais de sensações do que de sabores concretamente identificados. Algo de picante. LP dizia figos. Talvez tenha sido o melhor Porto da temporada de verão no Carvoeiro.
sexta-feira, agosto 20, 2004
Tinto à antiga portuguesa. Sabe a tradição e recorda o ambiente das adegas do Douro. Transparente e cristalino, acusa notas de couro.
Porto Krohn LBV 1999
Ligeiro e estival, descomprometido e informal. É equilibrado e harmonioso.
Pontuação
LP: 16
F: 15,5
Manuel: 14
PV: 16
quinta-feira, agosto 19, 2004
Tinto de João Portugal Ramos, com teor alcoólico de 13,5º. Alentejano da velha escola. Boca cheia de sabores bem sedimentados, que disparam em todos os sentidos.
Encostas do Rabaçal Touriga Franca 2002
Os varietais da Adega Cooperativa de Valpaços são muito quentes e alcoolizados. Este tem 14º. É picante e telúrico, grosso e espesso. Parece um vinho fortificado. Vai bem só e, dir-se-ia mesmo, dispensa companhia.
Blandy´s Harvest 1996 (Malmsey, Madeira)
Aroma distinto e sofisticado, a que corresponde um travo nobre e solene. Algo de canela e caramelo. Tradicional q.b., sem desmerecer. Encerrará adequadamente repasto de cerimónia.
quarta-feira, agosto 18, 2004
terça-feira, agosto 17, 2004
Evidentemente, todos eles vinhos brancos, produzidos no País Basco Espanhol.
Sónia, a simpática balconista da loja de produtos regionais Basendere, em Bilbao, preferia o Gorrondona.
Basigo´ko Basetxea
10,5º. Produzido em Basigo de Bakio, Bilbao (D.O. Biskaiko Txakolina).
Mais floral que frutado e fresco. Um pico de gás, quase imperceptível. Densidade de açúcar certa, que o torna menos leviano que outros.
Xarmant
11,5º. Produzido em Alava (D.O. Arabako Txakolina).
A garrafa tem uma decoração exuberante e criativa, condizente com o sabor celta, a maçãs de casca verde, muito maduras. Como tem muita polpa, este vinho não é fresco. Vai bem com tapas do mar (de peixe, mariscos ou crustáceos).
Gorrondona
11,5º. Produzido em Bakio, Bilbao (D.O. Biskaiko Txakolina).
Fresco e liso. Suave e delicado, podendo ser cosmopolita. Simples e agradável. Mas nada mais.
segunda-feira, agosto 16, 2004
Marcadamente ambrée, com espuma persistente, esta cerveja belga, produzida na fronteiriça abadia holandesa de Koningshoeven, tem 10º. É robusta e corpulenta, como os monges que a fazem. Apesar disso, é suave e delicada (talvez mesmo insidiosa…) e o teor alcoólico só se nota depois.
quinta-feira, agosto 12, 2004
Tinto de Cariñena, com 13 graus. É jovem e irrequieto, com travo muito amargo e adstringente, a sugerir avelãs e fruta verde.
Coto Haias, 2003
Outro tinto moderno, de Campo de Borja, também com 13 graus. Menos sofisticado e carnudo, sabe a fruta vermelha.
Castillo de Soldepeñas
Um Valdepeñas de self-service de autoestrada. Nem tem data. Adstringente como a casca de um melão. Apesar disso, equilibrado e bem feito, sem defeitos, mas também sem grandes virtudes. Fresquinho, foi agradável.
quinta-feira, agosto 05, 2004
Regional alentejano, da Fundação Eugénio de Almeida. Frescura e juventude. Predomínio grande do sabor a uvas. Quente como a terra onde foi colhido. Adstringência muito presente, mas certa para uma refeição de pratos tradicionais do sul.
Martinez LBV 1997
Boca muito agradável e preenchida. Taninos bastante domesticados e dóceis. O picante deste Porto arrasta-se tranquilamente num final incisivo.
quarta-feira, agosto 04, 2004
Este Porto foi ofertado, num lote de cinquenta, há quarenta anos, como prenda de casamento, a uma de nós (desencantem-se as casadoiras donzelas: estamos todos fora do prazo de validade, com excepção de uma irredutível aldeia gaulesa...). Foi colhido e feito em Freixo de Espada à Cinta, nos limites da zona demarcada do vinho do Porto e dele não se sabe mais. A sua idade exige os carinhos de um ansião e tem que ser apreciado nessa perspectiva. Na comparação com os vinhos modernos, Perry Mason apenas diria no further comments.
É uma preciosa peça de arqueologia vinícola.
Muito floral e de travo aromático. Frio, vai melhor. Quando a temperatura sobe, fica mais doce. Talvez demasiado doce. Sublinhe-se a circunstância de, sendo produzido fora da região demarcada, se bater de igual para igual com os restantes alvarinhos do mercado. E, last but not least, sai cum laude.
Pontuação
Ana: 15,5
LP: 16
PV: 15
terça-feira, agosto 03, 2004
Consistência e equilíbrio com a adstringência certa. Algo seco, é mais delicado que o comum dos Alvarinhos, dos quais tem o carácter, sem ter a sua exuberância.
Burmester LBV 1998
Picante e discreto, este Porto é incisivo e mais elegante que vigoroso. Tem a distinção dos grandes vinhos.